terça-feira, 20 de novembro de 2007

Amizade


Hoje resolvi que não vou escrever sobre um acontecimento que compõe a minha colcha de retalhos, deixo isso pra amanhã. Hoje vou escrever sobre a amizade, de certa forma a amizade esta em todos os quadrados que compõem minha colcha...

Quando nascemos temos em nossos pais nosso primeiro referencial de amizade, comigo não foi diferente tive em minha mãe minha primeira amiga,companheira, aquela que me pegava no colo quando por um simples aranhão eu pensava que o mundo fosse acabar...Porém, com o tempo os aranhões foram ficando maiores, maior também ficou a necessidade de ter amigos e fui aos poucos descobrindo que amigos de verdade não precisam ser muitos, mas tem que ser bem escolhidos...

Tive amigos que pensei que eram pra vida toda e nos momentos em que mais precisei me vi sozinha, me decepcionei muito,chorei muito, pensei em não acreditar na amizade, pensei em me tornar fria,cruel,imparcial mas nem tudo o que desejamos se realiza sempre ,ainda bem.

Perdi a conta de quantos amigos pensei ter e que não tive, me sentia como uma árvore onde as folhas caiam antes do outono, onde o vento arrancava os galhos simplesmente pq eu estava em pé...

Porém toda as lágrimas e as muitas gargalhadas me ensinaram o valor de se ter um amigo...Decepções são importantes por nos fazerem amadurecer, assim, toda amizade foi valida...

É engraçado como tem nome de amigos, ou poderia dizer colegas, que nem me lembro mais, às vezes tenho a impressão que é pq em tão poucos anos de vida já vivi por várias vidas, mas isso não vem ao caso, o importante é dizer que da mesma forma me esqueci de alguns nomes tem aqueles que nunca esquecerei... Na verdade não são simplesmente nomes mais sim pessoas, pessoas que se tornaram parte de mim.

Amigos é nosso melhor reflexo, refletem tudo o que somos e como pensamos, refletem nossa alma, nossos medos, nossos defeitos, nossas qualidades, quer saber como alguém é observe os amigos dele, nada melhor que o espelho chamado amigo...

Eu poderia colocar aqui uma lista, pequena, com o nome dos meus amigos e escrever mil e uma história sobre eles, mas prefiro apenas dizer que espero ainda poder ter muitas histórias deles e com eles pela frente pra poder contar...Sei que a distância não acaba com a amizade o que acaba com a amizade o que acaba com amizade é não sentir saudade...

Eu estava pensando em o que me levou a escolher esse tema e me dei conta que é a saudade que sinto de uma amiga que nem foi embora ainda...Devo confessar que já chorei algumas vezes por sentir essa saudade, que já me senti perdida, que me senti sem chão então eu me lembrei que o mais importante que essa amiga me ensinou é não desistir dos meus sonhos, a sonhar sempre e a lutar pelos meus sonhos, então, decidir lutar pela minha amiga... Distância é fácil de se superar só vou ter que trabalhar mais, porém uma vez no mês prometi a mim mesma vou poder abraçar minha amiga...

Não importa a distância, não importa o obstáculo a amizade supera tudo...eu tenho orgulho de dizer amo meus amigos....

11 comentários:

Anônimo disse...

Ana, Ana, Ana...que bonito texto!
Distância não existe mesmo, não posso pegar toda distância e abraçar, ou guardar numa caixinha...então, do alto na minha ignorância, ela é invenção pra quem desiste facil..
Distância só é um ingrediente que compõem a saudade...e saudade não dói, só acompanha a gente ate um reencontro. Pq amigos nunca se separam, a gente carrega sempre no coração!

Me emocionei com o seu texto....se eu não tivesse uma péssima fama ate confessava que me emocionei muito, mas eu tenho um péssimo passado a zelar!!!!

Te amo..muito!

Anderson disse...

E foi então que apareceu a raposa:

- Boa dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.

- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito? perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


Um parte de O Pequeno Principe falando sobre a amizade.

Otávio B. disse...

TExto bonito...REalmente faz lembrar, que realmente eu daria minha vida por um amigo de verdade meu, fosse ele quem fosse...


Abraços

http://espadadotemplario.blogspot.com/

Johnny M. disse...

Concordo contigo. Para mim a amizade é a coisa mais importante que existe, mas até que a paixão entre homem e mulher, pois essa acaba um dia, é efêmera, mas a verdadeira amizade dura para sempre e sobrevive a tudo.

Anônimo disse...

Interessante como uma coisa tão simples como amizade pode gerar um texto tão bom.
Congratulations!

Mariana disse...

lindo texto.

e como diria aquela música:

"amigo é coisa pra se guardar...do lado esquerdo do peito."

=*

Antonio † disse...

Se tem algo que precisa ser conservado, acima de amor, paixão, acima de qualquer mágoa ou qualquer interesse, é a amizade...

belo texto.
;)

Climão Tahiti disse...

Não tenho mais a mesma visão romantizada sobre amizade, por sinal, não sei quando tive, e todas as vezes que pretensos amigos tentaram me enfiar pela goela essa visão acabei me arrependendo amargamente quando acreditei.

Prefiro uma solidão certa do que companhias incertas. =p

E, sim, tenho amigos, mas não vejo eternidade em algo feito de "amor", pois o amor é infinito posto que a chama de uma vela, e velas definham e apagam, como bem disse Vinícius de Moraes (espero ter acertado o poeta... mas creio que acertei).

Everaldo Ygor disse...

Belo texto!
Amigos realmente são coisas para se guardar...
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

Elaine Maciel disse...

Oie!

Gostei do Seu Blog!
Muito lindo o texto, parabéns!
Amizade é muito bom, especialmente as verdadeiras =)

Visite o meu Também!

http://utopiadeemily.blogspot.com/

Fique a vontade,
Não se esqueça de comentar e favoritar!

Beijos e Boa Semana

Elaine Maciel

Cartas noturnas disse...

Oie tudo bom?
Nossa estou com muitas saudades de vc. E aí como está? as novidades: